Mais suave que mármore polido, deixai a natureza virtuosa o seu queixo esculpir. Deixai que o pescoço, preciosa coluna de leite, beleza alva, se erga na perfeição da sua continentia. Que da sua garganta de cristal se soltem raios, plenos de encanto, e escravizem o coração de quem a observa. Deixai os ombros ditar as regras do que é belo, erectos e perfeitamente simétricos, impedi que se curvem sob o peso da sombra. Que sentir os seus braços seja a mais agradável das carícias, e os dedos, suaves e delgados, executem movimentos ondulantes. Deixai que as suas mãos sintam orgulho nestes dedos, que o seu peito, imagem da neve, transporte, lado a lado, gemas virginais. Que a cintura tome a forma da minha, do resto não falarei. Deixai que as suas pernas longas, e os seus pequenos e maravilhosos pés, se agitem, se divirtam, que dancem e sintam o prazer da juventude.
*G. de V.
*G. de V.