Por irrisória quantia levo os três primeiros volumes do opus magnum de Proust, um pequeno romance de Roth, contos de Kafka, quatro clássicos, de Nabokov a Chesterton, passando por Henry Miller e Calvino, uma edição Penguin de Wilde e uma antologia Borgesiana. Sinto-me genuinamente feliz. Esta pulsão, até agora jamais concretizada, de adquirir o objecto literário, encontra finalmente a redenção sob a forma do esbanjamento desbragado de recursos financeiros em recantos obscuros de reputadas livrarias. Serei ratazana esfomeada chafurdando entre pobre arranjo gráfico de capa mole e gasta, a mais nojenta de todas, porém a mais nutrida.
Nota (um ano e meio depois): Henry Miller não é um clássico, (deus me livre!), Calvino assim-assim, Nabokov para lá caminha e Chesterton é enorme.
Nota (um ano e meio depois): Henry Miller não é um clássico, (deus me livre!), Calvino assim-assim, Nabokov para lá caminha e Chesterton é enorme.