o país portugal parece outro. bandeirinhas vermelhas e verdes ornam velhas e feias fachadas, prédios (é verdade) habitados por pessoas velhas e feias, nestes dias mais bonitas do que nunca (desde a ultima vez), numa curiosa relação de simbiose mantida com um monte de tijolos e argamassa e amianto ou lá o que é (perdão, são seres humanos e jogam à bola). e a alessandra negrini, que é feia e baixa e gordinha, e eu, que moro num prédio cuja fachada é a mais feia de todo o porto cidade, embora não a mais velha, uma fachada que ostenta nestes dias de orgulho, orgulhosa, uma enorme faixa vermelha e verde, continuo velho e feio como sempre, e a alessandra negrini, se pudesse fazia um filme só com ela, nua, a mordiscar (valha-me deus), sofrida, um azulejo azul com flores amarelas, retirado precisamente da fachada do meu prédio vermelho e verde.