Saí de casa com um frémitozinho no estômago. Era a primeira vez que saía de casa sozinho. Desci três degraus e com esforço empurrei a pesada porta do prédio. Dei três passos sobre o passeio revestido de pedras dispostas em padrões fascinantes e olhei para o céu e para o sol (de esguelha). Parei. De alma totalmente aberta quis acolher em mim o dia que se apresentava ameno, azul. Inspirei profundamente três vezes e três vezes violentamente expirei. De novo dei três passos, algo mole se alojou sob o meu pé esquerdo. Pisei merda. Foi quando percebi que não havia redenção.