olá leitor. já percebi que não gostas de caralhada; e de bergalho, gostas? ai não sabes o que é. um crustáceo? não. o primo direito da amiba? não, pá. um bergalho, é um pénis anatomicamente extenso. tipo 747 e buraco orçamental da casa da música. agora já gostas, meu paneleiro do caralho. eu sabia. nada temas. não serás julgado. gostar de bergalho não é necessariamente mau. proust gostava. wilde também. o morrissey, o cesariny e tantos outros que fizeram de nós o que somos: a um tempo idiotas, a outro ignorantes, a outro excessivamente atentos aos dichotes dos nossos contemporâneos e aos olhos castanhos da rapariga que dançou ao nosso lado. gostar de bergalho, confere, e acredita que o digo não sem esforço, não sem reflexão, uma superioridade ontológica, que nós pobres amantes de colna, nunca conseguiremos alcançar. porquê? olha pá, não sei. experimenta perguntar ao tio arthur.
(Yasumasa Morimura)